“Era
uma vez uma menina que amava um pássaro encantado que sempre a visitava e lhe
contava estórias, o que a fazia imensamente feliz. Mas sempre chegava um
momento quando o pássaro dizia: ‘Tenho que ir.’ A menina chorava porque amava o pássaro e não queria que ele partisse. ‘Menina’, disse-lhe o pássaro,
‘aprenda o que vou lhe ensinar: eu só sou encantado por causa da ausência. É na
ausência que a saudade vive. E a saudade é um perfume que torna encantados a
todos os que o sentem. Quem tem saudades está amando. Tenho que partir para que
a saudade exista e para que eu continue a amá-la e você continue a me amar...’
E partia. A menina, sofrendo a dor da saudade, maquinou um plano: quando o
pássaro voltou e lhe contou estórias e foi dormir, ela o prendeu numa gaiola de
prata dizendo: ‘Agora ele será meu pra
sempre.’ Mas não foi o que aconteceu. O pássaro, sem poder voar, perdeu as
cores, perdeu o brilho, perdeu a alegria, não mais tinha estórias para contar.
E o amor acabou. Levou tempo para que a menina percebesse que ela não amava
aquele pássaro engaiolado. O pássaro que ela amava era o pássaro que voava
livre e voltava quando queria. E ela soltou o pássaro que voou para longe.”
(Rubem Alves)
"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: 'Buscai sempre a sua face' (Sl 104.4)" St. Agostinho
Seja Bem Vindo!
Seja Bem Vindo! -Et pro Bono pacis, Deus vobiscum! -