tag:blogger.com,1999:blog-85447361206869964892024-02-08T08:23:01.309-08:00Reflexões - Bruno Sathler
"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: 'Buscai sempre a sua face' (Sl 104.4)" St. Agostinhobsathlerhttp://www.blogger.com/profile/17602134044081342763noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-570333183956459542013-03-05T04:01:00.000-08:002013-03-05T04:13:07.277-08:00A Menina e o Pássaro<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-_J2nMa3Cd7k/UTXeLeO6-3I/AAAAAAAAANE/RmQeWhbjHRk/s1600/passaro-na-mao_1024x768.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://4.bp.blogspot.com/-_J2nMa3Cd7k/UTXeLeO6-3I/AAAAAAAAANE/RmQeWhbjHRk/s200/passaro-na-mao_1024x768.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Era
uma vez uma menina que amava um pássaro encantado que sempre a visitava e lhe
contava estórias, o que a fazia imensamente feliz. Mas sempre chegava um
momento quando o pássaro dizia: ‘Tenho que ir.’ A menina chorava porque amava o pássaro e não queria que ele partisse. ‘Menina’, disse-lhe o pássaro,
‘aprenda o que vou lhe ensinar: eu só sou encantado por causa da ausência. É na
ausência que a saudade vive. E a saudade é um perfume que torna encantados a
todos os que o sentem. Quem tem saudades está amando. Tenho que partir para que
a saudade exista e para que eu continue a amá-la e você continue a me amar...’
E partia. A menina, sofrendo a dor da saudade, maquinou um plano: quando o
pássaro voltou e lhe contou estórias e foi dormir, ela o prendeu numa gaiola de
prata dizendo: </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">‘Agora ele será meu pra
sempre.’ Mas não foi o que aconteceu. O pássaro, sem poder voar, perdeu as
cores, perdeu o brilho, perdeu a alegria, não mais tinha estórias para contar.
E o amor acabou. Levou tempo para que a menina percebesse que ela não amava
aquele pássaro engaiolado. O pássaro que ela amava era o pássaro que voava
livre e voltava quando queria. E ela soltou o pássaro que voou para longe.”
(Rubem Alves)</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9aOQxkTQPZ0/UTXeOrUyx8I/AAAAAAAAANQ/BmkTbMtu9xI/s1600/gaiola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="http://3.bp.blogspot.com/-9aOQxkTQPZ0/UTXeOrUyx8I/AAAAAAAAANQ/BmkTbMtu9xI/s320/gaiola.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-29553753798232140062013-02-15T13:16:00.000-08:002013-02-15T13:19:25.815-08:00O Boneco Sorridente<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-20GH5lCqmZM/UR6kZmYgduI/AAAAAAAAAMg/LTb-g7yk0WA/s1600/palco_www_jerusiaarruda_blogspot_com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="http://3.bp.blogspot.com/-20GH5lCqmZM/UR6kZmYgduI/AAAAAAAAAMg/LTb-g7yk0WA/s320/palco_www_jerusiaarruda_blogspot_com.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gostaria de refletir
sobre essa “função” de Candidato ao Sagrado Ministério. As dificuldades de um
Candidato ao Sagrado Ministério. Eu poderia passar páginas e páginas contando
minha longa e dolorosa jornada. Foram muitos caminhos tomados, muitas atitudes
mal tomadas, escolhas mal feitas e, também, mal orientadas. O caminho com
certeza é longo e doloroso. Afeta a vida de tal forma que alcança a saúde.
Quase fiquei tetraplégico com uma inflamação na medula e quase me matei quando
passei por depressão. Quando olhamos o passado e vemos o que vivemos,
deveríamos nos entusiasmar, pois a jornada tomou um rumo importante e decisivo.
E é sobre esse momento que eu gostaria de falar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando um jovem vai
para uma faculdade, ele passa por dificuldades árduas. Se for um estudante que
estuda fora da cidade natal, fazendo com que o aluno perca o amparo doméstico
familiar, onde existe comida, cama e roupa lavada, o aluno termina a faculdade
e, sendo assim, tem mais do que se orgulhar. Concluiu o curso e agora, lembrando-se
das dificuldades passadas, encontra motivação para vivenciar a carreira
almejada. Ele possui um diploma que o capacita. Portanto, acrescentará em seu
currículo a sua graduação e, portanto, dependeria apenas dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na caminhada do Candidato
ao Sagrado Ministério não é bem assim. Dentro dos esquemas legais da
instituição, na qual ele, o candidato, está inserido, ele passa por todos os
dilemas do estudante. Contudo, quando chega ao momento após a sua conclusão,
ele não depende de seu diploma. Ele não depende de si mesmo. Ele depende de um
tutor. Ele depende de uma pessoa que seria o vínculo de mediação entre o
Candidato e o Concílio. Contudo, dentro destes aspectos de mediação, o papel
exercido pelo candidato durante toda a sua trajetória nada vale. O que vale
realmente é o que ele se tornou com isso. Caso o Candidato não corresponda aos
parâmetros da Instituição, toda a sua carreira, sua jornada, suas dificuldades
passadas, todos os seus desafios superados, tudo aquilo que até determinado momento
se teve como vitória, não vale de nada. E agora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pois bem. Fui um
camarada muito gente boa. Sem demagogia. Apenas queria ser um bom Candidato
aderindo vontades e pensamentos daqueles que se diziam meus representantes. Não
havia política porque, creio que a política seja a correspondência de posturas
e pensamentos norteados por princípios. Quantas vezes me neguei, a mim mesmo,
apenas para ser o que queriam de mim. Esforcei-me e fui aprendendo. Quantas
vezes, depois de já haverem me distorcido diante das vontades pessoais, haviam
falado para que eu fosse mais eu. Queriam que o Candidato demonstrasse o que
pensa porque isso é importante. É o processo de amadurecimento, do caráter,
daquele que cuidaria de pessoas.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vXQRr9Q6JKw/UR6kZhzgq-I/AAAAAAAAAMk/AeKtw6lyhPM/s1600/ventr%25C3%25ADloquo+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="138" src="http://2.bp.blogspot.com/-vXQRr9Q6JKw/UR6kZhzgq-I/AAAAAAAAAMk/AeKtw6lyhPM/s200/ventr%25C3%25ADloquo+2.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A conclusão que cheguei
foi a conclusão que eu jamais desejaria chegar. Eles não estavam interessados
no Candidato. Ou numa pessoa que almejasse cuidar de pessoas. Eles estavam
interessados em si mesmos e desejosos que esse “eu” do candidato fosse o
reflexo daquilo que todos somos obrigados a ser. Todos somos bonecos sentados
no colo do Ventríloquo. Ventríloquo esse, que vive a tentar, e as vezes
convence, parecer que o boneco possui vida. Esse Ventríloquo é quem move o
boneco como quer. Nós, os bonecos, somos apenas os que reproduzem representativamente
aquilo que o Ventríloquo diz sobre a verdade, liberdade e amor. Tristemente
entendemos que se trata de um Ventríloquo que não sabe o que é a verdade, não
entende o que é a liberdade e não sabe amar. Portanto faz dos bonecos seres
aparentemente lindos, mas na realidade, assombrosamente assustadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Terminamos uma etapa
que não significa nada no currículo porque se trata de um mundo que deseja que
sejamos apenas uma coisa. Que deseja que não sejamos (ser) alguma coisa na
vida. Apenas um Boneco Sorridente no colo de um Ventríloquo.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-CZOaeucRwug/UR6kZXGG9zI/AAAAAAAAAMc/OI__uAV_fo0/s1600/boneco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="http://2.bp.blogspot.com/-CZOaeucRwug/UR6kZXGG9zI/AAAAAAAAAMc/OI__uAV_fo0/s320/boneco.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-88542511869614716212012-12-04T11:03:00.001-08:002012-12-04T11:03:52.371-08:00Ter Saudade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-54kX48iAu7Q/UL5Il6rsWuI/AAAAAAAAAL0/n-RdMcZOg2g/s1600/crendo-contra-a-esperanca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-54kX48iAu7Q/UL5Il6rsWuI/AAAAAAAAAL0/n-RdMcZOg2g/s320/crendo-contra-a-esperanca.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A saudade. É quando o passado se
faz presente. Quando o cheiro das coisas, a brisa do amanhecer, o sol nascendo,
te trás o céu azul em meio à tempestade. A saudade é uma memória sendo tão
tocante à realidade que, o olhar, o ser, o existir, deixam de ser o passado e passam
a ser o presente. Passa a ser um mundo que já se viu e, ao mesmo tempo em que
se vê, não se tem. A saudade são os castelos de lembranças. Palavras, momentos,
presentes, imagens, canções, cheiros. São tão marcantes como no momento em que
se viveu. Brigas, risos, choros, expressões nítidas. Expressões que marcam sensações.
Ódio ou amor? Diriam... “são apenas duas faces de uma mesma moeda”. O que seria
das lembranças se elas não fossem tão marcantes em nossa vida? Agradeço a Deus
por sentir saudade. Diante de fatos visíveis ou, apenas, aquelas que se
demonstram diante de nossa fé, sentimos saudades. Sentimos saudades de
momentos. Sentimos saudades de pessoas vivas. Sentimos saudades de pessoas que
já se foram. Ter saudade é isso. Ter saudade é não saber esperar! Ter saudade é
tentar reviver. Ter saudade é olhar para o tempo e não conseguir se achar.
Passado ou presente? O meu desejo é... reencontrar.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
BSathler</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-EnRQucLWysc/UL5GN2W6giI/AAAAAAAAALs/k5NqiLSW9fs/s1600/s%25C3%25B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-EnRQucLWysc/UL5GN2W6giI/AAAAAAAAALs/k5NqiLSW9fs/s320/s%25C3%25B3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-21632018149563007702012-11-27T19:42:00.002-08:002012-11-27T19:45:12.307-08:00O Transtorno da Paixão<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-UfPuT5lRhUc/ULUTtBHyDPI/AAAAAAAAALA/O8RUGbtNBbI/s1600/Diferen%C3%A7a-entre-amor-e-paix%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="101" src="http://2.bp.blogspot.com/-UfPuT5lRhUc/ULUTtBHyDPI/AAAAAAAAALA/O8RUGbtNBbI/s200/Diferen%C3%A7a-entre-amor-e-paix%C3%A3o.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Pessoas apaixonadas sofrem de TOC
(Transtorno Obsessivo Compulsivo). A pessoa quando está apaixonada, ela não
consegue passar nem algum tempo sem pensar na pessoa a quem se apaixonou.
Quando a pessoa a quem se apaixonou fala qualquer coisa com o apaixonado, ela
sente nervoso, frio na barriga, não sabe o que fazer, não sabe o que dizer. Ela
se perde no espaço e no tempo. O minuto parece uma eternidade. E a eternidade
passa em um minuto. Quando se vê, o tempo passou e você deseja voltar onde
esteve paralisado durante aquele minuto eterno. Um sentimento fora de controle
o qual você nunca deseja desgarrar, contudo, percebe que é ele quem está te
envolvendo com seus braços macios e desconfortáveis. Ao mesmo tempo, robusto e
delicado. Forte e aconchegante. Alimentando o caloroso desejo de que um dia,
aquele furacão, aquela tempestade de sentimentos confusos, se torne uma única
coisa. A única coisa que torna a realidade ainda mais surreal. A única coisa
que torna a realidade ainda mais além do que ela o é. Um TOQUE. Trata-se de um
ato. Confundi-se com um sentimento.<o:p></o:p><br />
<div style="text-align: right;">
BSathler</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-HZq7Yt3gFso/ULWIEyMXKJI/AAAAAAAAALQ/GHVTchqvcKU/s1600/amor+velhinhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-HZq7Yt3gFso/ULWIEyMXKJI/AAAAAAAAALQ/GHVTchqvcKU/s1600/amor+velhinhos.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-89255137936359661142012-11-23T17:55:00.001-08:002012-11-27T19:46:44.592-08:00A Depressão – A Existência do nada<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ub3r7ESN8TA/ULAoa-tdtoI/AAAAAAAAAKw/X8ElmKFXh14/s1600/DEPRES~1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ub3r7ESN8TA/ULAoa-tdtoI/AAAAAAAAAKw/X8ElmKFXh14/s320/DEPRES~1.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Como se houvessem fogos, com luzes e barulhos, para cegos e
surdos. Como se houvesse festa, som alto e música boa, mas ninguém para dançar.
Como se houvesse um espelho sem imagem a refletir. Como se houvesse o amor, sem
ninguém para amar. Como se houvesse saudade, mesmo sem conhecer ninguém. Um
sentido pro vazio está em meio a existência, sem sentido de viver. Não se ouve,
não se vê, sem movimento, sem imagem, sem comunhão. Esse é o lugar onde nem o
céu nem o inferno fazem sentido. Pois se há sentido, existe alguma coisa onde o nada, existe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">BSathler</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-26722316768093411232012-11-01T13:35:00.000-07:002012-12-06T09:22:13.135-08:00De quem é a responsabilidade?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0xPrjEY6rek/UJLbwPh_JaI/AAAAAAAAAKA/lv3eR_DnZyM/s1600/halloween1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="http://3.bp.blogspot.com/-0xPrjEY6rek/UJLbwPh_JaI/AAAAAAAAAKA/lv3eR_DnZyM/s200/halloween1.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-indent: 17.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Essa última semana de Outubro pudemos
observar mais uma tragédia. Vimos assustados o que o furacão Sandy causou ao
Estado Americano de New York. Sabemos que são consequências dramáticas,
assustadoras, angustiantes de um dia em que, digamos; talvez tenha sido o halloween
mais assustador da vida de muitos. A semana que deveria ser a mais assustadora
de todo ano foi, realmente e demasiadamente, assustador. Nessas horas aparecem
crentes, demasiadamente religiosos, afirmando que é Deus castigando o povo por
consequência de seu pecado, o halloween. E a pergunta que faço é: Deus é
vingativo? Ou nós estamos colhendo o que estamos plantando já a muitas gerações
de descuido do meio ambiente? Fica muito mais fácil arrumar um culpado do que
assumirmos que também fazemos parte desse erro. E poderia ficar muito pior se
refletíssemos que, se eu não cuido do meio ambiente, eu também sou culpado pela
morte de muitos. Mas não, deixe-nos pensar que foi por causa do halloween. E
Deus, em sua grande ira, castigou a muitos. Eu fico de fora! É mais
confortável. Contudo, também estamos sujeito a Catástrofes. Estamos no mesmo
planeta.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-indent: 17.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mas se temos consciência de que somos
parte desse mundo, nós, além de pedir consolo a Deus pelos atingidos naquela
catástrofe, devemos pedir perdão a Deus também por nosso erro, assim como a
Escritura nos ensina: </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: 17.85pt;">“</span><i style="text-indent: 17.85pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Que cada um se examine a si mesmo, e assim
coma desse pão e beba desse cálice</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 17.85pt;">” (I Co
11.28).</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none; text-indent: 17.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">E que o
Senhor nos ilumine, a fim de que juntos, como Igreja, plantemos e anunciemos um
mundo melhor, mais digno, em busca da implantação do Reino de Deus na Terra
como nosso Senhor Jesus viveu e ensinou. Assim, vivamos por amor e devoção a
ele!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: right; text-autospace: none; text-indent: 17.85pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">BSathler</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: right; text-indent: 17.85pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-l6YBskYWpm8/UJLb9b0do4I/AAAAAAAAAKI/-gS0Nwz3y3w/s1600/sandy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://1.bp.blogspot.com/-l6YBskYWpm8/UJLb9b0do4I/AAAAAAAAAKI/-gS0Nwz3y3w/s400/sandy.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-indent: 17.85pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-268371023818144602012-09-05T11:17:00.000-07:002012-09-05T11:17:20.581-07:00O Sonho dos Ratos (Rubem Alves)<br />
<div style="text-align: center;">
(nova velha fábula)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-tM179EcavIY/UEeUloZJxGI/AAAAAAAAAJo/woRlxWSMNFg/s1600/vigilia_silencio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-tM179EcavIY/UEeUloZJxGI/AAAAAAAAAJo/woRlxWSMNFg/s1600/vigilia_silencio.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do soalho de uma velha casa. Havia ratos de todos os tipos, grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, do campo e da cidade. Mas ninguém ligava às diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: Um Queijo Enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo era a suprema felicidade. Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava muito longe, porque entre ele e os ratos estava um gato. O gato era malvado, tinha os dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes, fingia dormir, mas bastava que um ratinho, mais corajoso, se aventurasse para fora do buraco, para que o gato desse um pulo e… era uma vez um ratinho!</div>
<div style="text-align: justify;">
Os ratos odiavam o gato. Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum tornava-os cúmplices de um mesmo desejo: A Morte do Gato!</div>
<div style="text-align: justify;">
Como nada podiam fazer, reuniam-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem…), e chegaram mesmo a escrever livros com crítica filosófica sobre gatos. Diziam que, um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais.”Quando se estabelecer a ditadura dos ratos”, diziam, “então todos seriam felizes”…</div>
<div style="text-align: justify;">
- O queijo é grande o bastante para todos, diziam uns.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Socializaremos o queijo, diziam outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções. Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bom quando o gato morresse, sonhavam eles. Nos seus sonhos, comiam o queijo e quanto mais o comiam, mais ele crescia, porque essa era a principal característica dos queijos imaginados… Não diminuem…crescem sempre! E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: "Ao queijo, já!”…</div>
<div style="text-align: justify;">
Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha desaparecido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar apenas uns passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era! O gato tinha desaparecido mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chegara o dia glorioso! E dos ratos surgira um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu! Bastou a primeira mordidela. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem. Assim, quanto maior for o número de ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros, como se de inimigos se tratassem. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram…Arreganharam os dentes…Esqueceram-se do gato. Passaram a ser os seus próprios inimigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A luta começou! Os mais fortes expulsaram os mais fracos, à dentada. E, ato contínuo, começaram a lutar entre si. Alguns ameaçaram chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a Ordem. O Projeto de Socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:</div>
<div style="text-align: justify;">
“Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários, para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”. Mas, como jamais rato algum abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar à espera…</div>
<div style="text-align: justify;">
Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que tinha acontecido. O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o estilo do gato, o olhar malvado, os dentes à mostra…</div>
<div style="text-align: justify;">
Os ratos magros não conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo o Rato que fica Dono de Queijo torna-se Gato! Não é por acaso que os nomes são tão parecidos.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PqkWwDHwCag/UEeUlK9IwWI/AAAAAAAAAJk/o_niW1hqaGY/s1600/-rubem_alves_caricat1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-PqkWwDHwCag/UEeUlK9IwWI/AAAAAAAAAJk/o_niW1hqaGY/s1600/-rubem_alves_caricat1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Rubem Alves</div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-29176739039576124732012-09-01T20:28:00.000-07:002012-09-01T20:28:10.734-07:00Um dia agente aprende que... (William Shakespeare)<br />
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</div>
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</div>
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</div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-W27vvRmL4PY/UELRmjJuqUI/AAAAAAAAAJA/IzngiqEi5g0/s1600/ensaios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-W27vvRmL4PY/UELRmjJuqUI/AAAAAAAAAJA/IzngiqEi5g0/s400/ensaios.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Depois de algum tempo vc aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.</div>
<div style="text-align: justify;">
- E vc aprende que amar não significa apoiar-se, q companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos ñ são contratos, e que presentes ñ são promessas.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, c/ a graça de um adulto e ñ c/ a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hj, pq o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
William Shakespeare</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-77041225360671309272012-06-05T06:00:00.000-07:002012-06-05T06:00:31.182-07:00<br />
<b><span style="font-size: large;">Hitler ou Jesus? Quem é O Cristo?</span></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-kgNLR80Vcm0/T84BA3XGBeI/AAAAAAAAAFM/zYAx0JleNHU/s1600/hitler1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="143" src="http://4.bp.blogspot.com/-kgNLR80Vcm0/T84BA3XGBeI/AAAAAAAAAFM/zYAx0JleNHU/s200/hitler1.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
É impressionante a imagem que muitos possuem de Deus. Muitas pessoas podem conter a imagem de um Deus tirano, anarquista, vingativo, talvez porque assemelham esse Deus a um sentimento, um tipo de atitude, comparado ao que possuímos em nós mesmos. Pessoas que retribuem a maldade alheia com juízo perverso. (“Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra. E ao que te tirar a capa, não impeças de levar também a túnica” Lc 6.29 – será?) Mas então, como conhecer a Deus? Como entendê-lo? Como saber como ele age em relação ao homem pecador? Não ao pecado que se comete, mas na condição em que ele se encontra. E para isso existe algo simples, concedido-nos pelo próprio Deus. O seu Filho!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RrPDHvMQD40/T84BfUlz5aI/AAAAAAAAAFU/oba70npt1SA/s1600/media-22419-75363.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="118" src="http://1.bp.blogspot.com/-RrPDHvMQD40/T84BfUlz5aI/AAAAAAAAAFU/oba70npt1SA/s200/media-22419-75363.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Surge uma pergunta. Com quem nosso Deus se assemelha? Devemos entender Deus como um Ser ditador, anarquista, vingativo e violento? Se Deus fosse assim, o messias seria outro. Talvez o Adolf Hitler e não o mestre Yeshuah. Com isso, devemos conhecer a Deus olhando a Jesus. Um homem compassivo, paciente, bondoso, que ama e não julga as diferenças. Portanto, um Deus que nos ama seria capaz de mandar-nos um homem que agiu de semelhante forma. Esse é Yeshuah! Um homem que não tacou pedra na prostituta, não xingou o cobrador de impostos, não rejeitou os doentes, não teve preconceitos sociais, mas que acolheu, amou, abraçou, compartilhou afinidade, foi amigo. Pra mim, essa é a melhor referência de quem Deus (YHWH) é! Sendo assim, realmente; Yeshuah é o Cristo! O Ungido de Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
(NÃO SEI PORQUE, MAS ESSE TEXTO HAVIA SIDO RETIRADO, SUMIDO, DE MEU BLOG. NÃO FOI POR MIM)</div>
<div>
<br /></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-43200943301157882922011-06-15T11:49:00.000-07:002011-06-15T11:55:30.416-07:00CASAMENTO ENTRE O CÉU E A TERRA (Leonardo Boff)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Xm2BS_bsitQ/Tfj9giYDQDI/AAAAAAAAAEA/kIck6xQrh2A/s1600/Leonardo+Boff.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://1.bp.blogspot.com/-Xm2BS_bsitQ/Tfj9giYDQDI/AAAAAAAAAEA/kIck6xQrh2A/s320/Leonardo+Boff.jpg" width="320" /></a></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">"<i>Hoje nos encontramos numa fase nova na humanidade. Todos estamos regressando à Casa Comum, à Terra: os povos, as sociedades, as culturas e as religiões. Todos trocamos experiências e valores. Todos nos enriquecemos e nos completamos mutuamente. (...)<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br />
</span></i></span></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">(...) Vamos rir, chorar e aprender. Aprender especialmente como casar Céu e Terra, vale dizer, como combinar o cotidiano com o surpreendente, a imanência opaca dos dias com a transcendência radiosa do espírito, a vida na plena liberdade com a morte simbolizada como um unir-se com os ancestrais, a felicidade discreta nesse mundo com a grande promessa na eternidade. E, ao final, teremos descoberto mil razões para viver mais e melhor, todos juntos, como uma grande família, na mesma Aldeia Comum, generosa e bela, o planeta Terra.</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">"<o:p></o:p></span></span></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-a-HZajIV6v0/Tfj9vH68f5I/AAAAAAAAAEE/W274QU3mRWE/s1600/texto_shuman.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="73" src="http://4.bp.blogspot.com/-a-HZajIV6v0/Tfj9vH68f5I/AAAAAAAAAEE/W274QU3mRWE/s200/texto_shuman.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color: white;"> </span></o:p></span></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Casamento entre o céu e a terra. Salamandra, Rio de Janeiro, 2001.pg09</span></span></i><span style="color: #003300; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="color: #003300; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><br />
</span></i></div><div class="bodytexto" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="color: #003300; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><br />
</span></i></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #003300; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><br />
</span></span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-81582889192121125732011-05-09T20:16:00.000-07:002011-05-09T20:16:09.077-07:00TEXTOS BÍBLICOS QUE EU AMO (Rubem Alves)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-1vUAWhXl-RA/TcitpO2WaYI/AAAAAAAAADs/xapP2II8MJY/s1600/Rubem+Alves+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="http://2.bp.blogspot.com/-1vUAWhXl-RA/TcitpO2WaYI/AAAAAAAAADs/xapP2II8MJY/s320/Rubem+Alves+1.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">“Come teu pão com alegria e bebe contente o teu vinho, porque Deus se agrada das tuas obras. Usa sempre vestes brancas e não falte óleo perfumado sobre a tua cabeça. Goza tua vida com quem tu amas todos os dias da tua vida que logo passa...” (Ec.9.7-9. 10). “Não há outra felicidade para o homem senão alegrar-se... E é igualmente uma dádiva de Deus o homem comer e beber e, mediante o seu trabalho, desfrutar da felicidade.” (Ec. 3..12-13).</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Na minha vida ouvi centenas de sermões. A maioria sobre o perigo do inferno e a necessidade de ser bom para Deus não se aborrecer com a gente. Nunca ouvi um sermão sobre esses textos. Parece que eles causam medo por louvarem o prazer, a alegria, o amor, o comer, o beber. O Cristianismo tem se nutrido do medo do prazer e da alegria. As feridas, o sangue, o tenebroso são mais persuasivos. Os pregadores e igrejas estabelecem seus próprios menus de textos deixando os outros de fora.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">(Rubem Alves)</span></div></span>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-43261274623486560052011-04-16T16:30:00.000-07:002011-04-16T16:30:01.518-07:00SOS FAUNA - ELEVADOR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/LktNHt4u27w?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><h1 id="watch-headline-title" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 1.1363em; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; max-height: 1.1363em; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></span></h1><br />
<div style="text-align: center;"><b><i>Cuidar da criação... um dever, um papel, uma responsabilidade humana! </i></b></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-73081131038271448512011-02-09T10:04:00.000-08:002011-02-09T10:06:43.051-08:00"O Anticristo" - p. 91, LII - NIETZSCHE, Friedrich<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TVLXk7BKhRI/AAAAAAAAADc/Ac63Nrdhu9w/s1600/nietzsche_350_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="156" src="http://1.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TVLXk7BKhRI/AAAAAAAAADc/Ac63Nrdhu9w/s200/nietzsche_350_2.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">"O cristianismo acha-se também em contradição com toda a boa constituição intelectual: só pode servir-se da razão enferma como razão cristã, interessa-se por tudo aquilo que carece de inteligência e pronuncia o anátema, contra o espírito, contra a soberba do espírito são." </span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-92127925392044333012011-02-09T09:31:00.000-08:002011-02-09T14:04:23.953-08:00Deus nos livre de um Brasil evangélico - Ricardo Gondim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TVLOKjdWXFI/AAAAAAAAADY/RfJLc1nZPgw/s1600/a+ricardo_gondim.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TVLOKjdWXFI/AAAAAAAAADY/RfJLc1nZPgw/s1600/a+ricardo_gondim.jpg" /></a></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Começo este texto com uns 15 anos de atraso. Eu explico. Nos tempos em que outdoors eram permitidos em São Paulo, alguém pagou uma fortuna para espalhar vários deles, em avenidas, com a mensagem: “São Paulo é do Senhor Jesus. Povo de Deus, declare isso”.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Rumino o recado desde então. Represei qualquer reação, mas hoje, por algum motivo, abriu-se uma fresta em uma comporta de minha alma. Preciso escrever sobre o meu pavor de ver o Brasil tornar-se evangélico. A mensagem subliminar da grande placa, para quem conhece a cultura do movimento, era de que os evangélicos sonham com o dia quando a cidade, o estado, o país se converterem em massa e a terra dos tupiniquins virar num país legitimamente evangélico.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Quando afirmo que o sonho é que impere o movimento evangélico, não me refiro ao cristianismo, mas a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico. E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem. Para “ser do Senhor Jesus”, o Brasil tem que virar "crente", com a cara dos evangélicos. (acabo de bater três vezes na madeira).</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Avanços numéricos de evangélicos em algumas áreas já dão uma boa ideia de como seria desastroso se acontecesse essa tal levedação radical do Brasil.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Imagino uma Genebra brasileira e tremo. Sei de grupos que anseiam por um puritanismo moreno. Mas, como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu? Não gosto de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Um Brasil evangélico não teria folclore. Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceria quando?</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu; basta uma espiada no histórico de Suas Excelências nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para saber que isso aconteceria.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Um Brasil evangélico significaria o triunfo do “american way of life”, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Cada vez que um evangélico critica a Rede Globo eu me flagro a perguntar: Como seria uma emissora liderada por eles? Adianto a resposta: insípida, brega, chata, horrorosa, irritante.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Prefiro, sem pestanejar, textos do Gabriel Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victor Hugo, do Fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série “Deixados para Trás” ou do Max Lucado.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista. </span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O projeto cristão visa preparar para a vida. Cristo não pretendeu anular os costumes dos povos não-judeus. Daí ele dizer que a fé de um centurião adorador de ídolos era singular; e entre seus criteriosos pares ninguém tinha uma espiritualidade digna de elogio como aquele soldado que cuidou do escravo.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Portanto, Deus nos livre de um Brasil evangélico.</span></div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br />
<em><strong>Soli Deo Gloria</strong></em><br />
7-02-11</div><div style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: right;">Ricardo Gondim - <span class="Apple-style-span" style="color: yellow;"> <span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><a href="http://ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=65&sg=0&id=2400">http://ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=65&sg=0&id=2400</a></span></span></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-48534721334254205202011-02-01T20:39:00.000-08:002011-02-03T04:26:05.106-08:00Cristianismo x Religião?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TUjfrEy-CLI/AAAAAAAAAC8/ZG6aouInEl0/s1600/2711808093_18f13b1d43.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TUjfrEy-CLI/AAAAAAAAAC8/ZG6aouInEl0/s400/2711808093_18f13b1d43.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Existe hoje algumas coisas que me chamam muito a atenção. Existem conceitos muito religiosos que destroem o que, os religiosos, pensam estar ajudando a construir.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Podemos usar como ilustração comparativa algumas profissões.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">- Religiosos e Publicitários, que buscam mostrar, valorizar, as "QUALIDADES" e esconder os "DEFEITOS"! Nenhum publicitário publica os defeitos da marca!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">- E por que não, o religioso e o ator? Porque entendemos que ambos possuem várias faces! “Mostro o que convém quando convir!”. Uma verdadeira peça teatral!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">- E o médico? Aqui está o problema. MÉDICO NÃO! Médico não, porque o religioso e o médico são quase que como antíteses. Enquanto um busca cuidar o outro se faz melhor em adoecer! Enquanto um busca mostrar soluções ao doente o outro cria patologias que agravam a doença. O pior é lembrar: - como se não fossem doentes também.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Enquanto um se apresenta como Cristo (“</span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento</span></i></span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">” Mc. 2.17</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">) o outro se faz como os farizeus (<i>separados</i>) que vivem mostrando, qualificando, apontando a doença. Doença essa, a qual também possui e portanto, necessita do mesmo remédio. Só existe um!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Um amigo, numa conversa online, me perguntou: “Bruno, as práticas Ascéticas<i> </i>e Religiosas acrescentam algo a Deus?” (<i>Ascetismo cristão se trata do ato de acrescentar coisas à “regra de fé e prática” em prol de uma vida “santa”, “separada”, “pura”</i>) Tive que responder afirmando algo simples, notório e lógico: “Nunca! Eles só refletem o mau que tanto acusam!”. O fato de se acharem e se “fazerem” melhores, mais qualificados a Deus, mostra o que são. Como todos os outros a quem apontam”. Nisso se retrata a religião. Negar a Cristo!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Pela Graça de Deus, me tornei obediente pela obediência de Cristo. Pela Graça de Deus me tornei puro pela pureza de Cristo. Pela Graça de Deus eu morri com Cristo naquela cruz. Nisso se baseia a fé cristã! A Morte de Jesus só foi a conclusão de uma história que me restaura, purifica, regenera e santifica.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Já a Religião ensina um conceito que afasta Cristo daqueles a quem Cristo quer alcançar. Nossa sorte é que nada pode impedir ou prejudicar o que foi perfeito, porque o perfeito é de Deus! Perfeito é Deus! O que pode contra Ele? O que está à altura Dele para ser hostil ao seu poder, à sua majestade, à sua onisciência? O que pode se igualar ou nivelar contra e a tamanho de Deus? Deus é só um! Não há nada igual!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Jesus nos chama ao cuidado e a ajuda do próximo. A olhar e acolher o necessitado. Amá-lo como a si mesmo se ama. Jesus não nos convida a julgar e penitenciar com ombros de quem pode isso. Meu Juiz é outro e meu Advogado é quem paga minha sentença. Tudo vem Dele e por isso, para Ele. Portanto, Perfeito!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #eeeeee;">Bruno Sathler</span><o:p></o:p></span></b></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="font-weight: bold; text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"></span></b></span></i></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><i><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal; line-height: normal;"><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;">Et pro Bono pacis, Deus vobiscum!</span></span></i></span></b></i></span></div><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;"><i><br />
</i></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-37790805938320039752010-08-14T19:45:00.000-07:002010-08-14T19:45:35.697-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TGdUlyCGjOI/AAAAAAAAAB0/bi2oTnY6p5U/s1600/Celtic+Cross+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" ox="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TGdUlyCGjOI/AAAAAAAAAB0/bi2oTnY6p5U/s400/Celtic+Cross+4.jpg" width="266" /></a></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-31534822245871922712010-08-09T13:09:00.000-07:002010-08-13T11:39:49.727-07:00Teologia Política - Teologia Contemporânea<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TGBgYR6quZI/AAAAAAAAABs/T-gWp2Ea7-I/s1600/johanbaptistmetz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" bx="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TGBgYR6quZI/AAAAAAAAABs/T-gWp2Ea7-I/s320/johanbaptistmetz.jpg" /></a> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><em><u>Johan Baptist Metz</u> (foto ao lado)</em><br />
<br />
<b>Teologia Política</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Num período de formulações teológicas, tanto no âmbito católico, com o Concílio Vaticano II (1962 – 1965), quanto no evangélico, com a teologia de orientação histórica de W. Pannenberg (1961) e também com a formulação da Teologia da Esperança de Jürgen Moltmann (1964) ocorre um período de reviravolta política da teologia e, então, nasce a Teologia Política na Europa (1965 – 1968) e da Teologia da Libertação na América Latina (1968 – 1972).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>1. O surgimento da teologia Política</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esse surgimento ocorre numa época de diálogo entre cristãos e marxistas onde o teólogo Johann Baptist Metz inclui em seus discursos o termo Teologia Política, indicando uma primeira elaboração do projeto teológico sobre o assunto. Ele inclui na obra Sobre a Teologia do mundo (1968) as relações entre a Igreja e o mundo, ou seja, identifica-se um problema na esfera social e, assim, o papel da igreja nela.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A partir do iluiminismo, houve um rompimento entre a igreja e a sociedade, entre a existência religiosa e a existência social. A religião, sendo assim privatizada, sofre críticas do marxismo por ter ótimas estruturas ideológicas sobre a práxis e determinadas relações de poder. Metz vai afirmar que a Igreja “privatizou esta mensagem em seu núcleo essencial e reduziu a práxis da fé à decisão amundana do individuo” [1] . A teologia política procura então resolver esse problema. Sendo assim, Gibellini relata que esta foi a esfera negativa da dupla tarefa. Defini-se como pars destruens que “consiste em ser um corretivo crítico diante da tendência da teologia à privatização, quer dizer, ela deve atuar no sentido de uma desprivatização” [2]. Ao mesmo tempo, também, ocorre um fator positivo, denominado de pars construens, que consiste em desenvolver as implicações públicas e sociais da mensagem cristã eliminando o problema levantado pelo iluminismo e o marxismo desenvolvendo, também em teologia, uma nova relação entre a teoria e a práxis.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aqui, então, entra o aspecto da “reserva escatológica” visto, também, na Teologia da Esperança proposta por Moltmann. A reserva escatológica são as promessas escatológicas da teologia cristã confrontadas com o presente histórico.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Teologia Política, portanto, tem o objetivo de tornar a palavra cristã uma palavra socialmente eficaz. Ela procura não apenas iluminar a consciência, mas também transformá-la!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Gibellini, com isso, levanta uma pergunta. Como se dá à luz desta teologia, a teologia política, a relação entre Igreja e mundo? Mundo aqui, como já dito, expressa a realidade social em processo histórico. Como resposta a esta questão nos é apresentada uma sequência de réplicas. Em primeiro o indivíduo jamais pode ser considerado material, em segundo na crítica das ideologias e por último, na mobilização daquele poder crítico do amor que está no centro da tradição cristã. Dentro desta perspectiva, Moltmann escreve um artigo denominado História existencial e história do mundo. Para uma hermenêutica política do Evangelho. E afirma: “Esta hermenêutica pode ser denominada hermenêutica política, porque encara a política como o amplo horizonte de vida do homem” [3].</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para explicar o passo dado no âmbito teológico com essa nova perspectiva hermenêutica e teológica, Moltmann faz uma rápida síntese da história da teologia em três etapas: “a) Uma primeira forma de teologia cristã juntou a tradição bíblica com a metáfora cosmológica: Deus foi apresentado como fundamento e o senhor do cosmo. b) Quando o racionalismo crítico demoliu as provas cosmológicas da existência de Deus, a teologia então deixou de ser cosmológica e passou a ser antropológica; ela acrescentou à tradição bíblica a antropologia moderna e se apresentou como iluminação teológica da existência: Deus foi apresentado como fundamento transcendente do humano ser-no-mundo. c) Com o declínio da imagem personalista do homem, toma a dianteira um novo tipo de teologia cristã: uma teologia escatológica que elabora um projeto de teologia política, em que Deus é apresentado como o Deus da esperança [4]. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entende-se Teologia Escatológica a seguinte definição: “Por escatologia se entende aqui a doutrina da esperança, a doutrina daquilo em que se pode esperar, e ao mesmo tempo a doutrina da práxis da esperança que introduz o futuro esperado em meio aos sofrimentos do presente. A ‘teologia como escatologia desejaria projetar o horizonte universal do futuro no qual a teologia dever-se-ia tornar significativa por si mesma e relevante para o mundo” [5]. É importante ressaltar dois fatores importantes. Em primeiro, que a teologia política nasce dentro de duas perspectivas.O da Teologia da Esperança e o da Teologia Existencial de Bultmann. E em segundo é que a teologia política nasce na Alemanha depois da última guerra, sobre a impressão de Auschwitz. Passa-se a impressão que após a guerra havia um pessimismo angustiante sobre a teologia. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas por que da Teologia Existencial de Bultmann? Essa influência se dá sob três aspectos. O método histórico-crítico, a teologia dialética e a filosofia existencial. Analisado à luz desses três elementos, a Teologia Política “torna verdadeira” a teologia existencial. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">a) Histórico crítico: com a desideologização da história da tradição, da pré-compreensão e da auto-compreensão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">b) Teologia Dialética: significa que a compreensão da historicidade da homilia sobre Deus, de acordo com a qual um pronunciamento teológico não é adequado porque demonstra um conteúdo que tem valor atemporal e a-histórico, e sim porque dá uma resposta a uma situação concreta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">c) Teologia Existencial: tirada de Heidegger e formalizada. Se a preocupação da teologia existencial é com a vida autentica do indivíduo, a preocupação da teologia política é com a vida autentica para todos os homens em termos de liberdade, e, portanto, de libertação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Gibellini mostra que a teologia política, com Metz, Moltmann e Sölle configura um novo movimento teológico interconfecional diversificado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>2. A discussão em torno do programa de “teologia política”</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A teologia política teve uma recepção polêmica comparada à teologia da esperança, no final da década de 60. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A primeira objeção foi decorrente quanto ao termo “Teologia Política”, pois poderia dar lugar a equívocos. A antiguidade pagã conhecia uma teologia política e também o cristianismo constantiniano, que funcionava como uma ideologia do Estado. A resposta de Metz se dá pelo fato que depois do iluminismo, o termo político modificou-se em relação ao uso antigo devido a dois fatos. Primeiro pela distinção entre estado e sociedade e em segundo é que o discurso crítico é libertador e pretende promover a história humana da liberdade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A segunda objeção se estabelece na relação entre identidade e relevância. A resposta se dá afirmando que a Igreja cristã não é uma seita, mas possui uma missão pública! No atual contexto histórico social nascido do iluminismo, a igreja cristã não pode ter relevância se não se confrontar com a história da liberdade. Alguns procuram refugiar-se, em vez disso, numa espécie de “ortodoxia” desligada dos problemas histórico-sociais. Com o defasamento dos conceitos da Igreja perante a sociedade, Metz procura apresentar como principal tarefa a ideologia de que a “Grande Igreja” não é uma seita.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Começa-se uma objeção, onde Erik Peterson levanta questões sobre a teologia política e a religião política. Respondendo Erik Peterson, Carl Schmitt, outro ícone da teologia política, sustenta a tese da concordância entre a estrutura social de uma época e sua imagem metafísica e teológica da realidade: “Todos os conceitos mais significativos da moderna doutrina do Estado são conceitos teológicos secularizados. Não só segundo seu desenvolvimento histórico, porque eles passaram a doutrina do Estado a partir da teologia, como por exemplo, o Deus onipotente que se tornou legislador onipotente, mas também em sua estrutura sistemática. [...] Só com a consciência dessa situação de analogia é possível compreender o desenvolvimento sofrido pelas idéias da filosofia do Estado nos últimos séculos” [6]. Era sistemático afirmando uma correspondência entre níveis de realidade. A realidade política e a religiosa. Para responder estas afirmativas foi necessário retornar a discussão aos conceitos históricos. Afirma-se que durante a história a teologia cristã funcionou como teologia política em suas posições monoteístas monarquista. Contudo, para Peterson, este conceito é infeliz, pois ele retrata que a forma do cristianismo enxergar a Deus se faz num conceito Trinitário. Em Deus há uma pluralidade não imitável ad extra. Ele afirma: “Somente o terreno do judaísmo e do paganismo pode haver algo como uma ‘teologia política’. Mas o anúncio cristão do Deus uno e trino se situa para além do judaísmo e do paganismo, pois o mistério da Trindade existe somente na própria divindade, não na criatura humana. Assim como a paz, que o cristão procura, não é garantida por nenhum imperador, mas somente um dom daquele que é ‘maior que toda razão’” [7].</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Gibelinni faz a seguinte definição da Teologia Política:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“A teologia política é categoria do estoicismo grego, donde passou ao estoicismo romano. Literariamente, a expressão se encontra em Terêncio Varrão, cujo texto – que se vale por sua vez de outros textos – conhecemos por meio de Agostinho, que discorre a respeito dele no De civitate Dei” [8] . </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta afirmativa se faz valer no texto diante do contexto cristão, que não só na Antiguidade exerceu política, mas em tempos modernos, sob uma forma de “religião civil”. É evidente que a religião, com seus simbolismos e práticas, desempenha uma função de apoio ao poder público.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Resumindo, A Teologia Política abraça diversas acepções:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">a) Há uma teologia política como religião política. Referindo-se a um conceito de longa data, indo da Theologia civilis do estoicismo à civil religion americana.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Contudo, Peterson demonstra uma incompatibilidade entre a teologia política e a teologia cristã. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">b) Uma teologia política de Carl Shmitt, onde se trata sobre uma “teologia política jurídica”, onde ele vê essa teologia com uma esfera da ciência jurídica. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">c) Uma teologia política no sentido théologie politique de humanismo integral (1936), do filósofo francês Maritain. Onde ele aborda ideologias sobre a “teologia da política”, ou, também, a “teologia do político” numa perspectiva da teologia cristã da política e sobre a política. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">d) E, finalmente, uma “nova teologia política”, onde aborda-se a idéia de que a teologia da cruz, desenvolvida também por ele, exige uma nova teologia política. A cruz incentiva e constrange os cristãos a criarem para si mesmos uma teologia política crítica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>3. As categorias da teologia política</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A proposta que Gibellini apresenta é que, se a teologia política pertence ao contexto do debate das relações entre igreja e mundo, a teologia política é incluída no projeto de uma teologia fundamental prática.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se configura, então, uma “apologia de uma esperança” segundo as exigências de 1Pe 3.15 que afirma: “estar sempre prontos a dar razão de vossa esperança e de todo aquele que vos pede”. Assim, esta se configura como uma teologia fundamental. Contudo, ela não pode abster-se em ser apenas uma teologia que apresenta fundamentos da religião sem assumir uma conotação prática. Torna-se, com isso, uma “práxis apologética”. Para Metz, as teologias, transcendental de Rahner e a teologia no horizonte da história universal de Pannenberg, assumem um confronto crítico com a problemática da Modernidade, mas não, ainda, assumem um confronto prático. “A fé dos cristãos deve tornar-se práxis na história da sociedade; a ortopráxis é o preço da ortodoxia” [9] . Para Hans Küng, a polêmica com sua interpretação da mensagem cristã em Ser cristãos, mas sim, o de possuir uma ciência prática de Jesus Cristo. Ele afirma: “A tão discutida crise de identidade do cristianismo é antes de tudo uma crise não propriamente de sua mensagem, e sim dos indivíduos e das instituições que o representam, que com demasiada facilidade se subtraem ao sentido inevitavelmente prático da própria mensagem e assim quebram a força de sua inteligibilidade” [10]. Sendo assim, a teologia política como teologia fundamental prática se articula em três categorias básicas: Memória, narração e solidariedade. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1ª Categoria: MEMÓRIA </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Metz fala preponderantemente sobre o conteúdo da memória cristã, mobilizados em função prática. Trata-se de ter a fé como memória. A fé está em primeiro plano na Teologia política.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2ª Categoria: NARRAÇÃO </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entende-se que, aquilo que se tem memória, deve ser narrado! Se a teologia é em grande parte uma teologia argumentativa e hermenêutica, ela deve ser completada por uma teologia narrativa. A narração é performativa e tende a comunicar uma experiência e provocar novas experiências.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3ª Categoria: SOLIDARIEDADE</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A teologia política como apologia prática da esperança cristã é a solidariedade. Caracteriza-se como “místico-político”. Místico porque nasce da fé como memória e narração da história de Jesus; e político porque é práxis na história da sociedade. Traz a idéia de “tornar-se sujeito” e por “continuar sujeito” de todo ser humano diante de Deus. A solidariedade, ainda, não apenas como solidariedade “para frente”, mas também, “para trás”, com os mortos e as vítimas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Memória e narração se tornam prática através da solidariedade. Mas só as três juntas, memória, narração e solidariedade podem ser as categorias de uma teologia fundamental prática. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A teologia política observou o caminho traçado pela transcendência aberto pelo pensamento filosófico. Portanto, a teologia cristã encontra-se em múltiplos contextos sociais através da teologia latino-americana de libertação, teologia negra nos EUA, a teologia Minjung na Coréia, teologia feminista e muitas outras formas de teologia que demonstram a necessidade da consciência política da teologia cristã.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><i>Por Bruno Sathler</i></div><br />
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[1] J. B. Metz, Sulla teologia Del mundo (1968), p. 106<br />
[2] GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 301<br />
[3] MOLTMANN, Jürgen – “Storia esistenziale e storia universale. Verso un'ermeneutica politica del vangelo”, p162.<br />
[4] GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 304 - 305 <br />
[5] Id., “Teologia come escatologia” [1968], in Religione, rivoluzione e futuro [1969], p. 187 <br />
[6] SCHMITT, Carl – “Teologia Política” – p. 61 / GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p.311. - Carl Schmitt é considerado um dos mais significativos (porém também um dos mais controversos) especialistas em direito constitucional e internacional da Alemanha do século XX. A sua carreira foi manchada pela sua proximidade com o regime nacional-socialista. O seu pensamento era firmemente enraizado na fé católica, tendo girado em torno das questões do poder, da violência, bem como da materialização dos direitos. Além dos direitos constitucional e internacional, a sua obra abrange campos acadêmicos como a ciência política, sociologia, teologia, filologia germânica, e filosofia, entre outros. (Wikipedia) <br />
[7] PETERSON, Erik – “ Il monoteísmo come problema politico” (1935), p.72 / GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 312. <br />
[8] GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 312. <br />
[9] GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 316 <br />
[10] KÜNG, Hans – “La fede, nella storia e nellasocietà” – p.7 / GIBELLINI, Rosino – “Teologia do século XX”, Edições Loyola, Cap. X – “Teologia Política”, p. 316Anonymousnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-69068636795054957932010-07-22T18:42:00.000-07:002010-08-06T07:58:13.115-07:00PAUL TILLICH - O APÓSTOLO DOS INTELECTUAIS<div align="center"><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TEjyB6nMZII/AAAAAAAAABc/ymjeTTT7gEQ/s1600/Paul+Tillich.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hw="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_9aPXMe2f9do/TEjyB6nMZII/AAAAAAAAABc/ymjeTTT7gEQ/s320/Paul+Tillich.jpg" /></a></div><br />
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Para muitos, Tillich foi o maior teólogo protestante do século XX. Esta avaliação aparece bastante principalmente entre os teólogos católicos. O interessante é que Tillich só foi ganhar destaque no mundo teológico depois de sua chegada nos EUA, e nesta época ela já tinha quase 50 anos! Ele buscou criar uma teologia que ficasse no meio termo entre o liberalismo e a teologia dialética de Barth e Brunner. Ele nasceu na Alemanha, e era filho de um pastor luterano, seu pai mudou várias vezes de lugar, o que permitiu que Tillich tomasse contato com vários lugares da Alemanha.[1] Há quem considere Tillich como um teólogo "neo-liberal", pois ao mesmo tempo que teceu críticas ao liberalismo do Século XIX, ele também preserva muito da teologia liberal do Século XIX. Em razão da sofisticação do seu pensamento e sua preocupação em tornar o cristianismo aceitável para o meio acadêmico, também pode ser chamado de "apóstolo dos intelectuais", uma espécie de Justino Martir do século XX. A sua influência foi tão grande como a de Barth, e existem em todo mundo, inclusive no Brasil, grupos de estudos direcionados para pesquisa de sua teologia.[2]<br />
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O interesse de Tillich por Filosofia e Teologia nasceu desde a infância, pelo menos desde os 8 anos.[3] Em 1900, juntamente com sua família, Tillich chega a Berlim, a capital alemã. Tillich sempre se dedicará a seus estudos, e terá formação filosófica em Tubingen, e teológica na pietista Halle. Tanto em seus estudos filosóficos como teológicos, ele receberá uma grande influência do filósofo Schelling, e a partir desta influência, ele buscar criar uma filosofia cristã. Em seus estudos de teologia recebe também uma forte influência do teólogo católico Martin Kahler (1835-1912) que ensinava que temos nos evangelhos o Cristo da fé, e não mais o Cristo histórico.[4]<br />
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Já formado, Tillich trabalha inicialmente como conselheiro pastoral no período de 1912 até o início da primeira guerra. E será quando trabalhará como capelão na primeira guerra, que ele experimentará uma guinada em sua vida espiritual e teológica. A guerra o levou a ter contato com os pobres e miseráveis, o que o impressionou bastante, e também o levou a uma grande decepção com o Estado que ele tanto admirava. Tillich descreve que em 1915 durante a batalha de Champagne, ele andava entre mortos e moribundo, aquilo o tocou profundamente, e sentiu que a filosofia idealista e os princípios da burguesia alemã não davam as respostas suficientes para as angústias humanas. Tillich chegou a ter que enterrar com as suas próprias mãos muitos soldados, e em razão desta experiência chegou a duvidar da fé e ter dois colapsos nervosos. Para Tillich, a partir daquele momento, o "conceito tradicional de Deus estava morto", era preciso buscar um novo conceito mais contemporâneo para definir Deus. O Deus do liberalismo e do teísmo não eram mais suficientes.[5]<br />
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Voltando a Alemanha, Tillich assiste um país em convulsão social, com muita pobreza e greves por todo lado. Então ele buscar fundar um movimento conhecido como socialismo religioso, que tenta demonstrar que a sociedade precisa de fundamento religioso, ou se não, experimentaremos o caos total. É neste período que surge conceitos que marcarão o pensamento de Tillich, e que trataremos no decorrer deste capítulo, conceitos como: correlação, princípio protestante, sola lides da fé, kairós entre outros. Em 1925 ele começa a trabalhar na sua Teologia Sistemática, inicialmente influenciado pela teologia dialética de Barth, posteriormente porém, Tillich irá discordar bastante do pensamento de Barth.[6]<br />
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A brilhante carreira de Tillich como professor universitário começou em 1919. Na Alemanha ele irá lecionar em Berlim, Marburg, Dresden, Leipzig e Frankfurt. A sua carreira universitária sofrerá um duro golpe quando ele se posiciona contra o então nascente nazismo. Tillich será o primeiro professor universitário não judeu a ser afastado de sua cátedra. Em 1933, Reinhold Neibuhr está na Alemanha, e convida Tillich para ir para os Estados Unidos, e fugir da perseguição nazista. Chegando aos Estados Unidos, começa o seu período mais produtivo. Chegando aos EUA, Tillich irá lecionar no Union Theological Seminary de Nova Yorque. Ele elogiará bastante o ambiente acadêmico do Seminário, principalmente por ser frequentado por pessoas de vários países. Neste período ele também descobre a psicologia, que irá também influencia seu pensar teológico. Tillich busca usar arte, cultura, política, ação social para fazer teologia. No fundo o seu grande objetivo é tornar a mensagem cristã aceitável para o ambiente acadêmico em que ele vive. Com o passar dos anos cresce o número de pessoas que se matriculam em seus cursos, e também os seus seguidores. Em 1955 ele consegue lecionar em Harward, nas mais cobiçada cátedra de teologia dos EUA.[7]<br />
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Entre 1919 e 1933, ou seja, do início de sua carreira como professor universitário até a mudança para os EUA, Tillich trabalhou bastante com questões sociais e políticas, sendo um dos fundadores de um movimento chamado de “Socialismo Religioso”, o que poderia ser definido como uma síntese de socialismo e religião. O seu escrito mais marcante foi a “Decisão Socialista” que foi aprendido pela Gestapo e queimado em praça pública. Tillich sempre irá discutir questões políticas e sociais, porém não com tanta ênfase como neste período.[8]<br />
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A produção literária de Tillich é vastíssima, são cerca de 400 obras! O seu período americano foi o mais produtivo e influente. Entre as suas importantes obras podemos destacar: A Era Protestante (1948); O Abalo das Estruturas (1948); Coragem de Ser (1952); Amor, Poder e Justiça (1954); Novo Ser (1955); e claro, a sua monumental Teologia Sistemática lançada em três volumes nos anos de 1951, 1957 e 1963. Após a sua morte ainda foram lançadas mais duas obras importantes: Perspectivas da Teologia Protestante dos Séculos XIX e XX (1967) e História do Pensamento Cristão (1968), na verdade estas obras são transcrições de suas aulas ministradas em Nova York sobre os referidos temas.[9]<br />
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Em 1936, ocasião dos seus cinquenta anos, Tillich escreveu uma autobiografia chamada “Na Fronteira”, onde ele aborda as vantagens de ter tido uma carreira teológica na Alemanha e depois nos EUA. Ele dizia que era ótimo estar na fronteira entre a terra natal e a terra estrangeira, com isso a visão do mundo crescia e se aprofundava. Assim não ficava-se preso a preconceitos ou provincianismos. Para Tillich “a fronteira é o melhor lugar para adquirir conhecimento”.[10]<br />
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A influência de Tillich no meio acadêmico americano foi enorme. Em 1940 ele já recebia o título de cidadão americano, logo em seguida receberia o título de doutor honoris causa na Universidade de Yale. Nesta época diziam que ele era "um filósofo entre os teólogos e um teólogo entre os filósofos". Em Harward ele recebeu o direito de livre docência, com isso ele podia lecionar a matéria que quisesse e quando quisesse, tendo bastante tempo disponível para pesquisar e escrever. Em todo este período nasceu uma verdadeiro culto a figura de Tillich, com alunos esperando horas para assistir suas conferências, mas havia quem dissesse que estas palestras não passavam de "balela ininteligível". Em 1961 ele assistira de camarote, graças a um convite especial, a posse do presidente Kennedy. Sem dúvidas Tillich foi uma lenda no seu próprio tempo, mas sua biografia também traz muitas polêmicas e ambiguidades: o medo da morte sempre o perseguiu, apesar de sua fé cristã; era também conhecido por sua vida boêmia, o que levou ao fim o seu primeiro casamento; foi um defensor do socialismo, mas nunca abriu mão dos benefício de fazer parte de uma classe média alta; o seu pouco interesse por estar presente em atividades de sua igreja, na verdade ele raramente ia a igreja.[11]<br />
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Os postulados da teologia de Tillich<br />
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Olson & Grentz resumem da seguinte forma os principais postulados da teologia tillichiana[12]:<br />
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1) A teologia deve ser apologética, falar a atual situação cultural, e não ser simplesmente atirada como uma pedra sobre a cabeça das pessoas como fazem os fundamentalistas e mesmo o neo-ortodoxos como Barth;<br />
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2) Há um denominador comum entre Deus e os homens, pois se assim não fosse, toda teologia seria obsoleta, e este denominador comum pode ser observado nas manifestações da cultura humana;<br />
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3) A filosofia tem papel essencial no pensamento teológico, pois como dizia Tillich "Nenhum teólogo deve ser levado a sério como teólogo, mesmo que seja um grande cristão e um grande estudioso, se sua obra mostrar que ele não leva a sério a filosofia". Tillich só destaca que a Filosofia trata as questões de forma um tanto quanto fria e objetiva, já a teologia busca a verdade com paixão, temor e amor;<br />
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4) O melhor sistema filosófico para ser usado pela teologia deve ser a ontologia existencialista, pois a ontologia busca estudar o ser, e o existencialismo trabalha com as angústias humanas. Expressões da ontologia são usadas em abundância por Tillich. Ele fala de Deus como o "ser-em-si", fala também que o "não-ser" é a ansiedade que acompanha todo ser finito, e que o homem busca resposta para a possibilidade do "não-ser", e isso leva o homem ao poder-de-ser que é Deus.<br />
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5) A natureza especial e complexa da existência humana. Tillich gostava de ser referir ao ser humano como um "microcosmo"<br />
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<br />
[1] MONDIN, Batista. Os Grandes Teólogos do Século Vinte. p. 87<br />
<br />
[2] GRENTZ, Stanley & OLSON, Roger. A Teologia do Século 20. p. 135-36<br />
<br />
[3] Ibid.. p. 137<br />
<br />
[4] MONDIN, Batista. Os Grandes Teólogos do Século Vinte. p. 88<br />
<br />
[5] Ibid. p. 89; GRENTZ, Stanley & OLSON, Roger. A Teologia do Século 20. p. 137<br />
<br />
[6] MONDIN, Batista. Os Grandes Teólogos do Século Vinte. p. 90<br />
<br />
[7] Ibid. p. 91-92<br />
<br />
[8] GIBELLINI, Rosino. Teologia do Século XX. p. 84<br />
<br />
[9] MONDIN, Batista. op. cit. p. 92-95<br />
<br />
[10] GIBELLINI, Rosino. Teologia do Século XX. p. 85<br />
<br />
[11] GRENTZ, Stanley & OLSON, Roger. A Teologia do Século 20. p. 138-39<br />
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[12] Ibid. p. 139-41Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8544736120686996489.post-31118514838940719222010-07-17T14:00:00.000-07:002010-07-17T14:03:00.336-07:00Teologia e Cultura - A Ortopraxia!Ian Hamilton, ministro na Londoun Church em Newmilns, Escócia, foi um dos palestrantes do 6º Simpósio sobre “Os Puritanos” (06/1997), e lá afirmou: “Tradição reformada é corporativa”! Ele trata sobre esse “corporativismo” quando cita Calvino, onde afirma-se que devemos lidar de forma mais saudável com as diferenças no culto reformado. Importante ressaltar que o culto reformado expressa seu pensamento teológico obtido e defendido de forma prática. Pelo menos, é o que deveria ser!<br />Sendo assim, foi segundo a tradição reformada e pregada por Calvino, em sua obra, “As Institutas” (livro 1), que entendemos que toda arte é tida por expressão de adoração a Deus. Isso é o que relata as Escrituras, o cerne do pensamento reformado, em Gênesis 1. 26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”.<br />A arte é a demonstração daquilo que Deus concede ao homem na criação. Trata-se do poder criativo concedido à humanidade. É o que conhecemos como sendo os Atributos Comunicáveis de Deus. A criatividade expressada em artes. E a arte é sempre uma das características que ressaltam nos moldes culturais. Seja na dança, nas festas, em quadros, nas artes plásticas, sempre que observamos uma arte criamos uma ligação à cultura. A cultura, portanto, é o resultado da Graça de Deus. Ainda que sendo parte de uma Graça comum, trata-se de um favor imerecido. Graça porque Deus permite que todos possam nascer com um senso divino dentro de si. Cada criatura exercendo objetivos primários de Sua criação. Cada cultura ressaltando o próprio Deus e Deus fazendo parte da história do homem em sua formação cultural. Contudo, essa característica cultural foi distorcida pelo pecado. Mas, mesmo assim, existente uma comunicação! A realidade de que Deus está envolvido com o ser criado é algo observado de forma real e presente. É a Sua Imanência refletindo seu imenso amor.<br />Sendo assim, “Tradição reformada é corporativa”! Cada cultura pode e deve desenvolver um método litúrgico expressando a realidade do ser criado. Com reflexão, reverência e objetivo. Deus seja glorificado com o que nos foi concedido por Ele mesmo! <strong>Bruno Sathler</strong>Anonymousnoreply@blogger.com2